sábado, junho 30

Demônios no Vidrinho (parte 2)

Uau! Hoje me dei conta... Faz um ano e meio que não tomo nada que me tenha sido prescrito por um médico e cuja embalagem venha com aquela tarjinha preta grotesca... Que vitória!
Lembro que quando resolvi mandar às favas essas coisinhas (e não foi apenas uma vez), pensei comigo: "Isso sim, vai ter que ser feito um dia de cada vez"... E posso dizer: venci as pílulas!
Não vou dizer que todos os demônios já foram devidamente expulsos deste corpinho e desta cabecinha, mas hoje me considero mais forte do que eles, e dona do meu destino.
Ainda acho que minha morbidez é apenas um jeito de lidar com os traumas e as perdas pelas quais passei muito cedo na vida. Melhor ser mórbido do que reprimir os medos. A gente tem que brincar com os medos. Se o demônio interior dormir à base de remedinhos, você vai ter que ficar de vigília para ele não acordar. E, ele há e acordar um dia!
Acho que fiz uma certa "amizade" com meus demônios...
E deixei de ser um animal permanentemente insone.
Isso aconteceu nos últimos dias. Praticamente ontem!
Tenho dormido como gente, fechado os olhos, tido pesadelos, acordado com preguiça por um sonzinho de despertador da Nokia. Sem desespero. Apenas com vontade de levantar e viver meu dia.

That's great news, hun?


Bjs,
Sussuros...



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sexta-feira, junho 29

Polenta no Velho Madalosso

Well, well...
Será que, terminado o Inferno Astral, começa mesmo o Paraíso Astral?
Pelo menos o ar está bem menos carregado hoje...
Ontem, meu aniversário, passei o dia em função de um projeto que, se der certo (torçam!) vai me permitir realizar três shows bacanas ao ar livre, em dois lindos parques de Curitiba, com um lindo piano de cauda Essenfelder, nos próximos meses.
Passei o dia trabalhando, na correria, e não tive muita energia para postar nada aqui.
Pardon me...
É difícil manter um Og.
Nem sempre a gente consegue atualizar, e é uma responsabilidade.
Meus amigos, fãs e leitores cativos cobram um post, nem que seja dizendo que saí pra comer polenta no Velho Madalosso.
Se não atualizo, perco meus leitores.
Por isso, tento meu melhor para manter isso aqui atualizado, porque não quero perder vocês, que são parte da minha carreira e também da minha vida.
E também levo bronca por atualizar... =S
Deveras.
Assim:
"Como assim? Atualizando blog? Mas você devia estar fazendo tal coisa!"

Quero agradecer imensamente às mensagens de carinho que recebi pelo meu aniversário. A todas, sem exceção, porque ainda não sei quanto tempo vou levar para agradecer individualmente a cada uma (mas vou fazer isso).




Sobre o meu Bonito (olhem só, matching eyes), ele está bem disciplinadinho, carinhoso, e não se chateou de voltar a dormir na área de serviço. Ao contrário, acho que estava ficando mimado demais, e agora voltou a ser aquele bichano carinhoso que só me traz afeto.
Recebi um panfleto hoje sobre maus tratos a animais e fiquei triste. Não fiquei chocada porque, infelizmente, tragicamente, há muito tempo tenho consciência da maldade das pessoas, já que convivi com animais de estimação a minha vida toda.

Outro dia falo mais sobre isso.

Por enquanto, vou brincar bastante com o meu bichano, já que, junto com o fim do inferno astral, consegui dar encerramento a uma série de pendências, e hoje estou me sentindo novinha em folha.

That's all (for now), folks.



Beijos,

Sussurros!






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quarta-feira, junho 27

Bonito e o Inferno

Meu gato anda tendo uns chiliques de madrugada.
Antes ele dormia lá fora, em uma caminha, e tal, como deve ser...
Quando tivemos uma frente muuuucho fria aqui na "Sibéria", bem no dia em que ele tinha tomado banho, coloquei o bichinho pra dentro.
Foi a perdição.
Agora ele dorme onde quer, às vezes me expulsa do "meu lado" da cama (que, na verdade, é dele, como a cama toda).
Mas nos últimos dias ele deu pra miar de madrugada, fazendo uma barulheira.
Hoje, de castigo, volta para a área de serviço, no andar de baixo.
Já está miando...
Acho que pressente...
Vai doer mais em mim do que nele.
Mas hoje vai ser na base da "disciplina".
Dá-lhe Super Nanny!




P.S. Último dia do meu Inferno Astral!!!




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terça-feira, junho 26

Meu Nome Gótico

Descobri um site curioso onde você descobre o seu "nome gótico".
**Clique aqui para ver o site.

Querem saber qual é o meu nome gótico?
Withered Waste
Significa algo como "Desperdício Mirrado".

Achei trevoso demais (se bem que a idéia é essa), e resolvi usar meus nomes do meio, em mais duas outras combinações. Não melhorou muito.

A primeira combinação resultou em
Beautiful Disgrace
Significado: "Linda Desgraça".

E a última combinação ficou
Dead Pleasures
Literalmente, "Prazeres Mortos".

Fico com o primeiro, que é Lucca Kosta, e que é WW, ou seja, uma coisa meio "internauta-gótica".
E viva o novo milênio.
darks dos anos 80!

P.S. Só "Lucca" fica
Deadly Whispers
ou "Sussurros Mortais".
Pensando bem, adoto esse, porque combina com o título do bl-OG!
;-)


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segunda-feira, junho 25

Ofensas and a Diet Life

Bach e Beethoven tem alegrado um pouco a minha vida.
[Lembram que mencionei que comecei a fazer umas aulas, pra "ressuscitar" minha técnica de piano? Sim, porque depois de anos tocando, se você pára completamente de se reciclar, humildemente, com aulinhas, você se torna apenas um par de mãos viciadas em padrões sonoros repetitivos.]
Fico feliz de terem sido dois meses muito produtivos, e de ter uma professora que me incentiva muito, me elogia, percebe o quanto eu me dedico.

I wish mamma would do the same (Why, in the world, do I still need her approval? WTF!)...

~
Vocês não podem imaginar a seqüência de surtos e bizarrices que acontece nesses meus períodos de inferno astral. Começando por me esconder de um monstro imaginário (mas de uma pessoa real) atrás de uma sapateira, passando por ouvir ofensas de quem menos se esperaria, até a me entregar aos mais irresponsáveis prazeres da carne, arriscando a minha diet life (for good). E o pior (mas que é a melhor parte) é gostar de chutar o balde e ligar o 'foda-se'.
[Sorry. Não digo palavrões, vocês sabem. Mas me permito escrevê-los de vez em quando. A intenção é meramente expressar o sentimento.]

Tenho exercitado o desapego do qual tanto falei neste OG, e acho que evoluí muito. Aprendi que pessoas e coisas têm um certo 'prazo de validade' em nossas vidas. Por isso, é melhor nem se apegar muito. Ou então, beber tudo num gole só, e se afogar prazerosamente.

Nevermind.

Estive ouvindo algumas coisas, a trilha de Stigmata, do meu herói Billy Corgan, e admito que sua influência inegável no meu primeiro trabalho. Acredito que Tori Amos vai influenciar mais o próximo. Apenas influenciar. Não deixo de ser essa alma quase-penada que fala a língua de Camões e vai à missa aos domingos.
Mas não me subestime. Estou longe de ser um anjinho.




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domingo, junho 24

Apesar da Minha Fúria

"(...) E o quê que ganho, pela minha dor?
Desejos traídos, e um pedaço do jogo...

(...) Apesar da minha fúria sou apenas um rato numa gaiola!

(...) Diga-me que sou a única, diga-me que não há ninguém mais!
Jesus era filho único...


(...) Apesar da minha fúria sou apenas um rato numa gaiola,
e ainda acredito que não posso ser salva!"




+ Melancolia de Billy Corgan.


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sábado, junho 23

Essenfelder

É difícil para uma canceriana se desapegar da própria casa. Mas estou nesta fase. Vocês sabem, já comentei sobre mudanças, há seis meses as coisas mudaram e estão tomando outra direção.

O gato ama a casa. E chegou naquela época. Então, é ambivalente a experiência. O lugar favorito dele é o meu ático.

Well, não vou me aprofundar nesse assunto. Ainda são muitas coisas a definir, que vão levar mais tempo do que eu gostaria.
...

Estou preparando o show novo. E as músicas novas. Mas não tenho pressa agora. Com a possibilidade de um investimento maior, vou caprichar na produção. Não esperem menos do que um piano de cauda Essenfelder.

[Aguardem. Sentadinhos, porque alguns meses ainda vão se passar.]



Mas um showzinho ou outro, mais modesto, em um pub da cidade, vocês podem esperar para breve.
É isso.

A vidinha, vou levando. O coração e a cabeça conversando. E vamos ver o que o futuro nos reserva.

;-)





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quinta-feira, junho 21

Sobre Ser (Alguém, Ninguém, Você Mesmo)

“Não ser ninguém exceto você mesmo, num mundo que se esforça dia e noite para torná-lo igual a todo mundo é lutar a pior das batalhas que todo ser humano pode enfrentar e nunca deixar de lutar.”

(E.E. Cummings)


~
Seja você mesmo. Não é fácil. Primeiro você precisa descobrir quem você é, e isso requer tempo e paciência. Você precisa descobrir do que gosta e o que quer, e essas coisas mudam também, assim como você muda. Mas algumas coisas não mudam, e a sua essência não muda.
Vencer a barreira do mundo, a pressão da família e da sociedade é uma tarefa árdua e constante. Simples (mas nem sempre fácil) seria fazer e ser tudo o que esperam de nós. Mas isso não nos faz feliz, e nem faz feliz a quem espera que sejamos perfeitos.

Tenha paciência consigo mesmo. Não procure tanto a aprovação de quem você ama.

LK

~




"Why do we crucify ourselves every day?"
Tori Amos




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quarta-feira, junho 20

Birthday Ahead

Semana que vem é meu aniversário. Espero que todos vocês lembrem. Sou carente. Cada um que lembrar vai morar pra sempre no meu coração.

Sobre isso...

Sempre comemorei meus aniversários. Até depois que comecei a contar os anos de trás pra frente... =)
Não sei mais quantos anos tenho. Só sei que já passei dos 20. Quando fiz 23, consegui enganar todo mundo da minha própria família, dizendo que tinha 24. Então, em cada aniversário eu invento uma idade. E tudo bem.

[Como vocês podem notar, já cheguei na fase de encanar com isso, e de também (tentar) debochar disso.
Que sou mortal, sempre soube. Só não sabia que duraria até ter que lidar com isso...]

Também gosto de bajular as pessoas queridas em seus aniversários, mas recentemente, não pude fazer isso com uma pessoa e me senti frustradíssima.

Não que o "aniversário" conte, que a "idade" conte... O que conta é que é o nosso dia. O seu, o meu, de ser bajulado!

Mas não espere um convite adiantado. Não me lembro de ter planejado uma única festa de aniversário com mais do que um dia de antecedência. Gostava de fazer assim: montava um "kit" básico na sala da mamma, que tem o piano, com guitarra e bateria, começava a ligar para as pessoas e pedir pra elas ligarem para as outras, e ia avisando pra virem, algo como 'pode chegar lá pelas 8, 9, já vai estar tudo pronto'. Aí eu saía comprar bolo, vinho (pra fazer quentão), e a coisa era assim mesmo. Quase sempre tinha que sair de novo mais tarde pra buscar mais bebida, porque não acabava de chegar gente. O povo ia chegando, quem sabia tocar tocava, quem não sabia o que fazer cantava.
Eu sempre tocava alguma no piano, mas só no final, quando os menos chegados já tinham ido embora.
O mais legal eram os presentes, claro. As pessoas não tinham tempo de comprar, mas algumas não queriam chegar de mãos abanando. Já ganhei muitos pijamas, calcinhas para o meu enxoval do asilo, e até uma cachorra vira-lata (a "Beth", a quem a mamma odeia, e que está com ela até hoje).

Ai, ai (suspiro)...
Tem pelo menos uns dois anos que não faço isso.
Eita vidinha sem graça, só trabalhando...
Eu devia montar um "Pocket Show" no meu ático...
Hm...
Quem sabe.
Ou não.
Devia sair voando por aí.
Já falei sobre a distância que meus amigos tomaram...
Sei lá.
Acho que vou sair voando mesmo. De vassoura. Tomar umas, sozinha.
Meus irmãos já vieram perguntar se vai ter festa. Eu disse que não, que não estou planejando nada. Eles disseram: "Sim, é claro que você não está planejando nada..." =S
Mas não quero nada.
É.
Acabei de decidir.
Não quero nada.
Quero um anjo.
E se não houver nenhum disponível, não quero nada.
Já me basto.

Grazie.




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terça-feira, junho 19

My Moulin Rouge

How Wonderful Life is Now You're in My World!


[Uma espécie de 'medley', uma criação sobre as canções de Beatles, Kiss, U2, Whitney, Elton John, entre outros. Não que você já não soubesse... ;-) Watch the movie! ]



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segunda-feira, junho 18

O Sétimo Segredo

Meu pai dizia que "segredo é aquilo que a gente conta pra uma pessoa de cada vez". Eu contei seis pra um monte de gente, por causa da maldição do coelho...
Então, aqui estou eu, contando mais um segredinho para pelo menos duzentas pessoas que amanhã não lembrarão disso, já que assim que eu postar outra coisa aqui, este post será eternamente esquecido.
[Este segredinho já foi contado entre quatro paredes, para uma ou duas daquelas pessoas graduadas, que receitam coisas pra gente, coisas que vêm escritas em uma folhinha azul seguidas de um carimbo numerado sob a assinatura.
Mas essas pessoas não são pessoas de verdade. São apenas cérebros sem alma, sem intuição e sem criatividade. Cérebros limitados pela física, pela química e por mais outras coisas que não consegui aprender para tirar mais do que a nota mínima para passar de ano.]
Enfim...
O segredo.

Sou daquelas pessoas que sonha.
Você deve se perguntar "como é que ela sonha, se sempre diz que nunca dorme?"
Em primeiro lugar, é claro que eu durmo. Durmo pouco, mal, e raramente, mas, se não dormisse, já teria morrido. Em segundo lugar, eu poderia sonhar acordada (mas não é disso que vou falar).
Tenho daqueles sonhos premonitórios. Sonho uma coisa e ela acontece.
É.
Acontece.
E já me acostumei, então, fico na neura depois de um sonho, pra sair das situações difíceis antes de elas me complicarem demais.
Quando não sigo um aviso de um sonho, me dou mal. Sempre.

Outro dia tive um sonho, sabia o que devia fazer, mas na hora... A tentação falou mais alto. A sedução da simplicidade me disse pra desencanar, e não bancar a neurótica. Momentos depois, eu estava amedrontada e confusa, arrependida de não ter feito o que devia. No final, eu não saberia que o sonho realmente me avisou o que aconteceria, porque teria evitado a situação.
E essa é a magia da coisa: não saber como teria sido ruim desobedecer ao aviso.

Entendeu?
Espero que sim.
Ah, vai... tá fácil de entender este post.
Só não vai dar pra voltar no tempo e consertar as coisas...
Help me , Donnie Darko!




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domingo, junho 17

Isso Cheira a...

... Speed Stick?!



"Arme-se e traga seus amigos, é divertido perder e fingir.
Ela está muito chateada e segura de si.
Ah não, eu sei um palavrão...
Olá! Olá! Olá! Está tão baixo...

Com as luzes apagadas é menos perigoso!
Aqui estamos agora, divirta-nos!
Me sinto estúpida e contagiosa...
Aqui estamos agora, divirta-nos!
Um mulato, um albino, um mosquito: minha libido!


Sou pior no que faço melhor e por essa dádiva, me sinto abençoada
Nosso grupinho sempre foi e sempre será até o fim.
...


E eu esqueço por quê provei... Sim, acho que me faz sorrir...
Acho difícil, é difícil de achar... Bem, que seja.
Deixa pra lá.

...
Uma negação, uma negação, uma negação, uma negação,uma negação, uma negação, uma negação, uma negação, uma negação, uma negação!!!!"




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sábado, junho 16

Borges e o Medo...

[a Jorge Luiz Borges] - por Lucca Kosta

Eu, senhor Borges, tentaria cometer menos erros. Ao contrário do senhor, só sei errar, nada do que faço parece certo. 'Tentar errar' me parece uma grande aventura. Como 'tentar escorregar'. Como 'tentar cair' para ter o prazer de se levantar. Para ter a sensação de que se ferir não dói tanto assim. Invejo o senhor, e amo muito seu poema por saber que os outros me julgam uma pessoa "certinha".

Sim, sim, tentaria viver apenas bons momentos. Nem sempre se pode evitar maus momentos, mas quase sempre existe uma maneira de sentir um grande prazer mesmo em momentos em que a vida é difícil.

E, de fato, levar um guarda-chuva e outros apetrechos 'protetores' é apenas perda de tempo e espaço. Além disso, se você precisar correr, pode acabar deixando pistas pelo caminho.


Mas ainda falta mais de meio século para eu ter 85 anos...
Provavelmente ainda vou cometer muitos erros mais.



~~~

"[de como sentir medo] - por Leandro Müller

Medo se sente na alma. Um pânico intenso acompanhado de uma angústia alucinada. Medo não é receio, temor. Medo é a alma em frangalhos gritando desesperada em fuga de si. O medo, sempre que possível, deve ser transformado em horror e assombrar sua própria causa. É preciso que sua natureza espante e afugente sua própria origem. O medo necessita de uma força descomunal para realmente valer a pena. Sendo assim, inverteremos então a direção de tal força e utiliza-la-emos em nosso favor contra o motivo de nosso pavor."


(in: Tratado Hermético Sobre os Efeitos de Superfície)



[N. da Ogger: Espero que o Leandro não se incomode de eu 'recortá-lo' tanto... =S]

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sexta-feira, junho 15

Instantes...


"Si pudiera vivir nuevamente mi vida,
en la próxima trataría de cometer más errores.
No intentaría ser tan perfecto, me relajaría más.
Sería más tonto de lo que he sido,
de hecho tomaría muy pocas cosas con seriedad.
Sería menos higiénico.
Correría más riesgos,
haría más viajes,
contemplaría más atardeceres,
subiría más montañas, nadaría más ríos.
Iría a más lugares adonde nunca he ido,
comería más helados y menos habas,
tendría más problemas reales y menos imaginarios.

Yo fui una de esas personas que vivió sensata
y prolíficamente cada minuto de su vida;
claro que tuve momentos de alegría.
Pero si pudiera volver atrás trataría
de tener solamente buenos momentos.

Por si no lo saben, de eso está hecha la vida,
sólo de momentos; no te pierdas el ahora.

Yo era uno de esos que nunca
iban a ninguna parte sin un termómetro,
una bolsa de agua caliente,
un paraguas y un paracaídas;
si pudiera volver a vivir, viajaría más liviano.

Si pudiera volver a vivir
comenzaría a andar descalzo a principios
de la primavera
y seguiría descalzo hasta concluir el otoño.
Daría más vueltas en calesita,
contemplaría más amaneceres,
y jugaría con más niños,
si tuviera otra vez vida por delante.

Pero ya ven, tengo 85 años...
y sé que me estoy muriendo."


(autor: Don Herold, adaptação: Jorge Luis Borges)






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quinta-feira, junho 14

Hung Up

Meu celular foi atropelado ontem. Um carro passou por cima dele. Ficou completamente estraçalhado.
Meu celular já era mesmo campeão em salto à distância. Às vezes ele saltava da minha mão e ia para o chão, metros à frente. Acho que era depressivo, suicida. Deve ter se jogado em baixo do carro.
Foi um dia cheio, tive um compromisso longo pela manhã, almocei apressada em um restaurante próximo ao endereço onde faço as aulas de piano. Foi só depois da aula que dei pela falta dele. Voltei, não estava na sala do piano. Procurei no restaurante, na rua... Liguei várias vezes para o meu próprio número.
Então, Alexandre me disse: "Meu telefone está tocando, e é o seu que está chamando." Atendi. Era o carro que passou por cima dele. Porque só se ouvia o barulho da rua.
Alguns minutos depois, ligando novamente, um porteiro de um prédio atendeu, e me contou a tragédia. O carro havia atropelado o bichinho, e ele o resgatou do meio da rua, aos farelos.
Fui buscar o que sobrou dele, mas, de fato, não sobrou praticamente nada.
Por isso, se você tentou me ligar ontem ou hoje, não estranhe eu não ter atendido.
Comprei outro celular à noite, e, vocês sabem, ele tem que ficar carregando durante 24 horas.
O número é o mesmo.
A tecnologia é que é beeeeem mais avançada (Quanto essas coisas conseguem evoluir em tão pouco tempo?)...
Agora, me agüentem, tirando foto de tudo, hehehe...







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quarta-feira, junho 13

Do you know it?

¡Nadie lo sabe pero...


...tengo una...



... sonrisa secreta!




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terça-feira, junho 12

Quatro Amigos Numa Mesa de Bar (parte 2)

Já falei sobre esse filme que fiz, em um post do ano passado. Vou falar de novo por alguns pequenos motivos. Um deles é que essa provavelmente terá sido minha única experiência relevante em cinema. Quem sabe em outra vida eu buscasse mais esse tipo de coisa. Mas meu negócio é música. E ficar parada em um set pensando que poderia estar em casa tocando piano e cantando me frustra.
Outro motivo é que no post anterior eu havia prometido mostrar o jornal com a minha carinha bem grande na capa (pequenas vaidades), e, antes tarde do que nunca, aqui está o cumprimento da promessa:




Mais um motivo é que estou "sem assunto" hoje. Está tudo caótico, como vocês devem ter notado. Preciso me encontrar em meio ao caos para poder falar a respeito. São coisas pessoais e profissionais também.

Então, voltando ao filme...
Era a história de Teresa, minha personagem. Eu havia acabado de romper com meu namorado de faculdade (eu não, Teresa sim), e ia para o bar desabafar e ouvir conselhos de três amigos. O filme todo era uma conversa de bar, uma "discussão de relação" cujo ponto alto era a conclusão de que "amar não pode significar sofrer. Quem sofre, portanto, não pode estar amando". Inocente, singelo, e... infantil. =S
Mas essa era a mensagem. O roteiro não era nada pretensioso. Era baseado em uma conversa do roteirista/diretor na vida real. E minha personagem também era baseada em uma personagem real. Ele me dirigia, dizendo "você precisa ser mais chatinha, falar em tom de queixa, de dor de cotovelo". Assim eu fazia.
Hoje, quando assisto ao filme (raramente), lembro da direção quando ouço um tom de voz agudo e quase irritante que adotei para a personagem. O mais estranho é me ver dizendo um palavrão durante o filme (na vida real eu nunca digo).




Valeu a experiência. O filme ficou uma gracinha.
Mas confesso que, como atriz, prefiro o teatro. É muito mais apaixonante. Há uma vibração, o contato com a platéia, a emoção do momento.

[N da Ogger.: "Atriz" é só uma segunda atividade pra mim. Sou cantora e pianista.]

O teatro surgiu na minha vida muito tempo depois da música, como um hobby. O hobby foi ganhando espaço, foram surgindo trabalhos e a profissionalização. Com a profissionalização, veio a reflexão. Assim como a dança, o teatro me dava um prazer diferente do que eu via nos outros artistas com quem trabalhava. A cada trabalho, percebia que não me sentia tão realizada quanto eles...

Foi então que descobri que enquanto não me dedicasse ao que realmente sempre amei e almejei, que era a música, meu vazio existencial não se preencheria. Fui deixando de pegar trabalhos inúteis, como comédias idiotas e comerciais de TV para escolher fazer apenas coisas legais que estivessem ao meu alcance. Coloquei a música em primeiro lugar, mas, pelo menos uma vez por ano (recentemente a cada dois anos) participo de algum trabalho como atriz. Trabalhos que me desafiem, como os de César Almeida, como dança-teatro que fiz em São Paulo, enfim, tudo o que possa servir como aprendizado e prazer.

Porque sem prazer, meus amigos, a vida é um calvário.



That's all (about that), folks.

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segunda-feira, junho 11

A Paixão e a Data



12 de junho, "Dia dos Namorados", véspera do Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro...
Whatever.
Na minha modesta opinião, seria mais interessante se fosse como o Valentine's Day...
Ou algo ainda mais... digamos... "genérico".
Tanta gente importante, que nos faz sentir bem, que poderia ganhar um presentinho como símbolo de amor... Não necessariamente amor de namorados... Talvez amor de amigos... de amantes... de parceiros...
Talvez algo menos comprometedor.
Lembro de quantas vezes pensei se devia presentear um namorado com quem estava há pouco tempo, às vezes a poucos dias, por receio de parecer grudenta, ou apaixonada demais. Se bem que, er... eu sou apaixonada demais, hehehe... Não daquele jeito bobo, que fica sonhando com um casamento e filhos. Apaixonada do jeito passional mesmo, guloso, avassalador. Porque sei que passa, então, gosto de beber tudo num gole só.

E se resolvesse não dar presente algum para um namoradinho de uma semana? Deveria ter esperado uns dias antes de beijar pra valer, e de "avançar o sinal"? E se eu não desse nada, e ganhasse um presente? Ficaria constrangida... Me sentiria culpada...

Então, voltando ao raciocínio...
Sou apaixonada. Me apaixono pelas pessoas, pelas idéias, pelos momentos, com uma paixão alegre ou até mesmo negativa. Permito-me deixar a paixão dominar muitos dos meus atos. Permito-me errar muito em nome de um prazer fugaz e uma sensação de eternidade passageira. Como mergulhar por um instante que se prolonga.

No entanto, essa história de dar presentes me irrita um pouco. Me sentir na obrigação de escolher alguma coisa especial em uma data específica, para alguém de quem gosto. É meio surreal. Um presente material, para simbolizar uma coisa que vem da alma... Nada me parece adequado!

Well, well...
Vejamos o que o dia de amanhã me reserva.
[Paixão de verdade é o melhor presente. ;-)]




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domingo, junho 10

Sortilégios do Orkut

"Sorte de hoje:
O melhor profeta do futuro é o passado"

Espero que não seja assim pra todo mundo.
Porque o bom do passado é justamente o fato que que é PASSADO.

Quanto a mim, admito que sou o que meu passado fez de mim. Poderia ter escolhido outro caminho. Até tentei, mas depois descobri que certas coisas são como devem ser.

Nunca falei direito sobre isso, mas... Foram muitos suicídios na minha adolescência. Dois ao todo. Pode não parecer, mas são muitos. Para um grupo tão pequeno de pessoas que estudam juntas, isso é muito.
O trauma foi de um deles. O primeiro. Com ele veio todo o resto. Todo o drama.
O segundo, acreditem, achei que fosse fruto da minha imaginação.
Só há pouco mais de dois anos tive certeza de que, apesar de eu estar mentalmente abalada naquela época, e tomando todos os venenos prescritos possíveis para ficar devidamente domesticada, não foi minha imaginação.
Encontrei uma ex-colega que falou sobre aquilo. Constatei que o segundo suicídio acontecera mesmo, quando eu já não era dona da minha (in)sanidade.

Enfim... já passou. É passado. O profeta do futuro. O futuro que já chegou. O que sou hoje.

[Não que isso tenha alguma importância.]

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sábado, junho 9

Proteja-me do que quero!

"É o mal do momento, a epidemia que se prolonga...
A festa acabou e na saída, os pensamentos que congelam a razão.
Olhos baixos e faces cinzentas, surgem os fantasmas de nossa cama...
Nós abrimos a tranca do portão do buraco que chamamos de casa.

Somos os brinquedos do destino!
Lembra-te dos momentos divinos, pairando, explodindo na manhã...
E então continuamos totalmente sós.

Perdidos os sonhos de amor, do tempo em que nada precisava ser feito,
e agora nos resta toda a vida para chorar
e no fim continuamos totalmente sós! "


[Placebo - "Protège Moi"]




[N. da Ogger.: Eu não poderia concordar mais.]



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sexta-feira, junho 8

Vallium

"A tristeza consome-nos imensamente. Estranhamente, a felicidade luta com furor para também apossar-se de uma parte de nós. Experimentamos um ansiolítico que nos deixa ansiosos para saber seu efeito em nosso organismo. Conclusão lógica: paradoxo. Ansiolíticos que causam ansiedade. Mais uma vez a natureza da razão vacila. Somos vallium."
.
.
.
[do livro "Pequeno Tratado Hermético Sobre os Efeitos de Superfície", do meu escritor favorito, Leandro Müller]
.
.
.
É o que farei hoje. Cuspirei fora o ansiolítico, vestirei meu Vallium de Blanche Dubois e encontrarei um anjo que me dará um paraíso fugaz, feliz e triste, quase irreal...
E depois, voltarei para casa.
.
.
.
Escreva pra mim!

quinta-feira, junho 7

Corpus Christi

Como foi o dia cabalístico de vocês? O meu foi bom. Mas o dia seguinte foi péssimo. Não adianta tentar fugir do inferno astral.

[hj: Corpus Christi]

~

Inspirada pelo anjo, fui ao Museu Niemeyer hoje, ver a exposição das obras de artistas argentinos (a exposição do acervo particular Torres-Garcia). Estava linda. Recomendo!

As obras que mais gostei foram as de Diego Perrotta.
Esta aqui é a Loteria Crucificada I:



~

Quanto ao anjo...
Está livre.
Semi-livre (se isso existe).
Asas cortadas...
Mas um dia ele volta a voar.
O tempo de cada um é que determina isso.
Quando cortaram minhas asas assim, deixei de voar por uma eternidade...







Escreva pra mim!
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terça-feira, junho 5

5/6/7

Dia cabalístico!

05/06/07

Me contem ao final do dia, se eu não tinha razão.

Coisas estranhas acontecerão (já devem estar acontecendo).

Coisas boas, no entanto.


;-)









Escreva pra mim!


segunda-feira, junho 4

No Regrets

"Porquê a tristeza segue o coito?

Porquê ficamos tristes após uma bebedeira ou momentos de excesso dionisíaco?

Grandes alegrias, porquê nos trazem tristeza?


Porquê desses excessos somente restam a sensação de perda irrevogável que alcança um grau de negatividade?

Há tantas coisas das quais se pode se arrepender nesse mundo, onde ninguém deveria se arrepender.

Mas eu me pergunto:
O mundo merece meu arrependimento?"



[do Vampiro Cioran!]





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domingo, junho 3

Quero um Anjo ao Acordar!


Meu anjo foi libertado!
Algum tempo depois do que eu imaginava, prolongando minha espera...
Ainda preciso vê-lo, tocá-lo, sentir que as boas novas e os bons presságios que ele trouxe são reais!
Mudanças à vista.
E dessa vez, estou eufórica, mal podendo esperar para o que se concretizará amanhã!








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sexta-feira, junho 1

Será o inferno astral?

Oxalá seja o inferno astral. É a melhor chance de não ser apenas mais uma faceta do purgatório.



[N. da A.: chance está em itálico em homenagem ao meu professor de português, Miranda, que me tirava um ponto da redação quando eu usava essa palavra. Dizia ele: "Essa palavra é francesa. em português a palavra é 'oportunidade'". "Oui, Monsieur", respondia eu.]



Voltando ao inferno...

Um intruso na minha casa hoje, usando meu computador, dormindo no meu ático (invadindo meu espaço mágico sem ser convidado) e ainda pedindo cobertas! Como assim? Você vem para a Sibéria e espera que eu te empreste meu cobertor? Fuck off! [Perdoem o excesso. Detesto palavrões, mas detesto intromissões mais ainda.] Tomara que ele vá embora amanhã, pela mão de quem o trouxe, isso se não amanhecer com o nariz coberto pela geada.


Frio intenso, não faço ginástica (less endorfina), não como direito (less vitaminas), não bebo água (less bom humor), tenho sono de manhã (less trabalho produtivo)...

Em compensação, reclamo, reclamo e reclamo!
Viva os góticos!
Cadê notícias?
Cadê direções?
Cadê respostas?
Quanto tempo leva pra terminar isso?

Preciso mesmo é de seretonina...
Give it to me, baby!!!



Não me levem a mal.
Acho melhor ir ler um pouco.


It's been a bad day (please, don't take a picture).




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