sábado, fevereiro 25

Coexist (parte2)




Recebi um e-mail da Marcela, ela me pediu para explicar os símbolos usados na palavra “coexist”, como foi mostrada no show do U2.
“Sei que têm um significado, mas não conheço os símbolos”.

Aqui vai minha “explicação” ;)


* A letra C representa a meia-lua, símbolo da religião muçulmana.





* A letra X foi substituída por uma estrela de Davi, simbolizando o povo judeu.




* A letra T, por sua vez, é representada por uma cruz cristã.





O desenho da palavra com os símbolos foi criado em 2001, pelo artista polonês Piotr Mlodozeniec, para simbolizar coexistência e tolerância.

A palavra “coexistir” é perfeita para representar a tolerância entre os povos de diferentes crenças e culturas.

Em 2005, durante um show em Glasgow, Bono cantarolou "Jesus, Jew and Mohammed coexist."

É isso. Espero ter ajudado!

Beijão, Marcela.

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"Have you come here to play Jesus?”



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quarta-feira, fevereiro 22

Coexist


Estou revendo meus conceitos sobre a TV aberta. Finalmente tivemos quase tanta música quanto futebol na mesma semana!

Show do U2 foi melhor que o dos Stones. ;)


{Gostaria de ter visto o Franz Ferdinand, parece ser uma novidade que vale a pena [com tanta novidade-que-não-é-novidade por aí =S], são autênticos, originais...}

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Bono é um show por si só, um performer lúdico e sedutor.
A atmosfera que ele cria me lembra o Pink Floyd, só que sem a parte em que a gente fica com sono =P
Cantarolou “Satisfaction”, cantarolou em português e também cantarolou a tradicional canção irlandesaJohnny I hardly Knew Ye” [Pesquisem, é histórico, cultural. Começa assim “While goin' the road to sweet Athy, hurroo, hurroo”…].

Bonitinho mesmo foi ele perguntando o nome da fã que convidou ao palco, e repetindo direitinho da primeira vez “Katiuscia”, ela feliz: “Isso!!Isso!” , ele, confuso, corrigindo-se “Obrigado, KatiSSO!”, huahuahua!

Mas a melhor parte, a parte onde o Bono ganha minha total admiração, é quando prega a tolerância. Nada como um irlandês pregando a tolerância: ele sabe o que está dizendo.
Todos nós devíamos ser tolerantes com quem é diferente de nós em cultura, crença, classe social, raça. Sabemos disso. Porquê o mundo é tão intolerante, em pleno século XXI, quando praticamente não temos mais barreiras físicas?

Coexist, everyone!!!!



“I still haven’t found what I’m looking for…”



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segunda-feira, fevereiro 20

Carisma é tudo.


Rolling Stones do sofá da minha casa: ótima pedida (vocês sabem que não sou fã de “outdoors”)...

Pra ser absolutamente sincera, não sou fã dos Stones, assim, daquelas de carteirinha, que canta as músicas, que veste a camiseta. Não é do meu tempo. [Oh-oh] Espero não ofender ninguém [=S], mas realmente não é do meu tempo. Não passei pelos anos áureos dos Stones. Há alguns CDs dos Stones por aqui, algumas vezes coloquei para ouvir no carro, até incluí uma balada deles no meu repertório de voz-e-piano.

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Não sendo a “fã número 1”, entretanto, reconheço a importância do trabalho da banda e admiro o talento da dupla Richards-Jagger (e tenho uma simpatia especial por Charlie Watts). É interessante tentar entender o que leva uma banda a ter tanto sucesso e a mantê-lo por tanto tempo.



Se pedissem meu palpite, eu apostaria no carisma de Mick Jagger. Ele tem uma presença de palco incrível, energia, simpatia, é uma verdadeira estrela.
Poucos artistas são tão marcantes por natureza.



Às vezes assistimos a artistas tentando parecer carismáticos, buscando brilhar sem que tenham a aura, a energia intrínseca necessária. Já conheci artistas assim. Ouvia suas canções em alguma trilha sonora, em alguma festa, na MTV... Gostava do artista, procurava saber mais sobre ele, conhecer mais canções, etc.

Não foram poucas as vezes em que, ao ver o artista em uma performance ao vivo, meu encanto por ele caiu por terra. Faltava carisma. Era apenas uma pessoa, cantando ou tocando, sem brilho algum. Alguém que facilmente me faria olhar para o lado e me distrair com outra coisa. Alguém que não me prendeu a atenção.

Mick Jagger é daquelas pessoas para quem se quer olhar o tempo todo.

Os meramente talentosos que me perdoem, mas carisma é fundamental!

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You can’t always get what you want”… ;)




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terça-feira, fevereiro 14

Eu, Princesa

Em 2004 aprendi muito sobre mim mesma, e me livrei de grande parte do medo que tinha de fazer coisas.

Aceitei o convite para fazer o papel da Princesa de Corinto no espetáculo de dança-teatro “Eu, Medéia”, em São Paulo.
Minha personagem era a antagonista de Médéia, a princesa com quem Jasão se casava ao abandonar Medéia.

Havia um palco em cima do palco principal, onde eu dançava uma coreografia étnica que misturava meu background clássico com dança contemporânea e danças típicas do oriente, com direito a véus e tudo.



Também cantava, em um determinado momento, uma canto do deserto, árabe. Muito interessante.

Conheci Bernardo de Gregório (literalmente no 'topo' dessa foto do grupo), que hoje considero um amigo, uma pessoa inteligente e sensível, que escreveu, dirigiu e “amadureceu” boa parte dos artistas que estavam no trabalho.





Mas essa era a parte boa. A parte chata eram as viagens. Sair de Curitiba na madrugada de quinta para sexta-feira, ou na própria sexta-feira, fazer três espetáculos com o corpo dolorido pelo cansaço da viagem, voltar na madrugada de domingo para segunda-feira, ou na própria segunda-feira, dormir mal, comer coisas que não comeria, carregar malas... Me sentia só e duvidava de que aquilo fosse valer a pena. Pensava comigo: “Vejo essas pessoas se dedicando tanto, e contentes com os aplausos, e eu mesma só quero voltar pra casa assim que chego nesse lugar barulhento”.

O final de cada espetáculo para mim era uma alívio. Era um certo martírio ser “estrangeira” e ter que seguir o ritmo exigido, mas ficava grata porque as pessoas envolvidas eram boas pessoas.

Também conheci Márcia Gorenzvaig, outra grande amiga, uma bailarina sensível e criativa. Fiquei hospedada em seu apartamento diversas vezes. Maria Cecília também estava no elenco, uma atriz jovem e bonita, que me “salvava” quando eu estava literalmente perdida em São Paulo à noite. Bárbara Eliask, outra bailarina que me hospedou, ela e Márcia vieram me assistir no Festival de Teatro de Curitiba meses depois. Amizade!

Fiz amigos dos quais não me esqueço, embora o contato com eles não seja tão freqüente hoje, às vezes consigo telefonar para Márcia, com Bernardo só converso por e-mail...

Mas o melhor da experiência toda foi aprender que não preciso ter medo de fazer o que quero. Haverá dificuldades, cansaço, preguiça e uma sensação de vazio, um pensamento insistente me desafiando e me estimulando a desistir. Nem todas as pessoas serão generosas, então, quando alguém for um amigo de verdade, essa pessoa deve ter um lugar especial na minha vida.


Quantas coisas fazemos quando nos esquecemos de que é “im”-possível...








“Nobody said it was easy...”






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