quinta-feira, maio 31

Blue Moon

O quase raro fenômeno está acontecendo...

É a Lua Azul!

Diz a lenda que, se você olhar fixamente para a Lua Cheia durante uma dessas noites de "Blue Moon" pensando na pessoa amada, e a pessoa em questão olhar para a lua de algum lugar, ela se apaixonará por você perdidamente!

A Lua Azul deve levar anos pra acontecer outra vez, então...
Aproveite para ir lá fora, nesse frio Suíço, ou olhe de uma janela mesmo, se estiver apaixonado por alguém que nem sabe que você existe.

Ah, sim, porque se a pessoa sabe que você existe, você tem outros jeitos de resolver isso.
;-)





~

Estou bebendo Vodka de cereja, por causa do frio (vocês sabem, tenho uns dez por cento de sangue polaco). Só pra recomendar: Não bebam Vodka de cereja. É trash. Fiquem na branca pura. E, para os não polacos: aproveitem o frio para tomar Vodka. No calor, é coisa de pinguço. Muito cafona.

[Humm... Romântica e crítica em um post só! That's Lucca!]

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quarta-feira, maio 30

Odiando os Anos 80 (parte 2)

"Ontem eu fiquei tão velha, pensei que fosse morrer...
Ontem eu fiquei tão velha, me fez querer chorar...

Vai, vai embora, tua escolha está feita.
Vai, desaparece, vai, pra longe daqui.

Ontem eu fiquei tão assustada, tremi feito criança!
Ontem, longe de você, me gelou fundo, lá dentro...

Volta, não vai embora!
Volta! Volta hoje!

Volta!!!

Por quê você não vê?
Volta, volta pra mim!"

(The Cure)





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segunda-feira, maio 28

Um mês depois...

Como é que a gente sabe que o tempo vai passar?
Que ele simplesmente vai passar, e não há nada que se possa fazer?
Um mês atrás...






"Foram três noites só... três noites belas
De lua e de verão, no val saudoso...
Que eu pensava existir... sentindo o peito
Sobre teu coração morrer de gozo."


Álvares de Azevedo










"Não leve a mal." ;)



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sábado, maio 26

Um Quase Desmaio

O stress me derrubou esta manhã. Ontem fez um frio da Sibéria. Fiquei quase como vim ao mundo naquele teatro frio, depois cheguei em casa, o aquecedor já estava ligado, fui dormir bem tarde preparando as coisas para um compromisso que teria hoje cedo.
Acordei às 7, com um despertador, fui me arrumar, e me senti mal. Um "quase desmaio". Senti tonturas cada vez que tentei me levantar. Tive que cancelar o compromisso em cima da hora. Hoje também está fazendo o maior frio, e detesto ter feito as pessoas saírem de casa para levarem um bolo na última hora... Ainda não me perdoei.
Ontem, quando comecei a sentir o cansaço, lembro de ter pensado "amanhã é sábado, tenho que trabalhar de manhã, mas posso descansar a tarde toda antes de ir para o teatro". Mas na hora da fadiga, quem manda é o corpo. Não adianta teimar.
Acho que ainda não me acostumei com as mudanças que estão por vir. Preciso me preparar, mas não sei por onde começar. E tampouco sei como me desligar do que terei que deixar para trás. Tudo é tão repentino... Ao mesmo tempo, tão previsível...
Despeço-me de Cioran essa semana. Pelo menos da peça. A obra dele me interessa cada vez mais.
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That's all (for now), folks.
See you later.
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terça-feira, maio 22

Sobre um Sonho Desfeito

Estou sofrendo muito hoje.
Estou preparando uma despedida.
A despedida de um sonho. De um projeto.
Acredito que não é o mais importante, pois minha vida é a música.
Mas era, sim, muito importante, e não deu certo. Apesar de todo o amor, de todo o esforço, é hora de começar a mudar os planos. É hora de tentar recomeçar.
Ainda não estou pronta. Mas vou ter que me aprontar em pouco tempo...
Sinto-me vulnerável...
Vou ter que descobrir forças para continuar remando.
Remando em uma direção diferente.
Em uma direção que cheguei a imaginar, mas para a qual não me preparei...
Sou pequena, e o mar é grande.
Só me resta remar.




Quem sabe um poema me ajude agora. Quem sabe abandonar um sonho seja menos doloroso se eu puder colocar outro sonho no lugar do antigo. Um maior...




"Sobre um sonho desfeito erguer a torre

Doutro sonho mais alto e, se esse morre,

Mais outro e outro ainda, toda a vida! "


Florbela Espanca




[Quando já tiver terminado, talvez eu conte o que era. Talvez não.]








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segunda-feira, maio 21

O Fim é o Começo é o Fim

Pensei que quando fosse adulta, tudo estaria acertado. Tudo já estaria planejado, eu só precisaria executar. A infância não termina com a adolescência. Apenas nossos medos se tornam desejos. A adolescência não termina com a vida adulta. A vida adulta é apenas uma habilidade de administrar nossas fraquezas e irresponsabilidades.
Ainda não sei pra onde ir...

Help me, Donnie Darko!

Não há viagem no tempo que conserte isso.




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sexta-feira, maio 18

Chuva, Piano, e a Grande Incógnita

Está chovendo muito em Curitiba hoje. Com um dia de atraso, a “frente fria” chegou. E com ela os “temporais”. Meu gatinho, Bonito, adora a chuva. Fica à janela do meu ático admirando a paisagem cinzenta, enquanto estudo minhas sonatas e escalas.

[Voltei a ter aulas de piano com uma professora. Há momentos na vida em que é fundamental dar um passo “atrás” para conseguir progredir. Nada como uma professora, com um programa de aulas, com metas a cumprir, para impor disciplina a uma artista rebelde, inconstante e – cada vez mais – super ocupada.]

Pelo menos preencho qualquer pequeno espaço de tempo obsoleto com Bach e Beethoven, que acalmam minha mente quando o excesso de atividade quer me atrapalhar as idéias, a ponto de eu não saber o que devo priorizar.


O que devo priorizar?

Os shows?
Fico frustrada, porque não gostaria de continuar usando um teclado nos shows e é difícil conseguir um lugar com uma estrutura boa, e um piano, onde meu público iria me assistir sem receio. Mas preciso de um piano! Já não consigo “espremer” minha música, minha performance, meus arranjos, em um instrumento frágil e cinza... Preciso de corpo! Som encorpado! Som de madeira! Acústico!

As músicas novas?
Ainda não sei quando e onde vou gravá-las. O estúdio onde gravei meu primeiro CD era ótimo, trouxe coisas positivas, mas deixou a desejar em alguns pontos, e não quero repetir o que deu errado. Dessa vez, tudo tem que ficar muito melhor.
Por isso, as coisas realmente importantes, precisam de um novo momento em stand by, para a devida reflexão e um planejamento eficaz.

...

Vejamos o status do “por enquanto”:
Por mais duas semanas estarei em cartaz com a peça dos vampiros.
Por mais um ou dois meses, dando aulinhas de teatro para crianças (Talvez o tempo e a distância me impeçam de continuar com essa atividade no segundo semestre. É uma pena. Estou aprendendo muito com as crianças, e minha energia fica sempre renovada quando passo algum tempo com elas).

...

O segundo semestre de 2007 é uma grande incógnita.

Help me Donnie Darko!

[Preciso rever as resoluções que escrevi em janeiro... Quem sabe elas me servem de guia...]



That’s all (for now), folks!


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terça-feira, maio 15

O Animal Insone

Nesse trabalho estou conhecendo a obra de Cioran, e vejo como Deus coloca no mundo criaturas tão parecidas... Eu poderia assinar muita coisa que ele escreveu... Deveras!
Vejam só este texto, e, se vocês me conhecem um pouco, sabem o que eu quero dizer.





"HOMEM, O ANIMAL INSONE

Quem quer que tenha dito que o sono é o equivalente da esperança teve uma intuição penetrante da assustadora importância não só do sono mas também da insônia! A importância da insônia é tão colossal que sou tentado a definir o homem como sendo o animal que não pode dormir. Por que chamá-lo de animal racional, se há outros igualmente razoáveis? Mas não existe outro animal em toda a criação que queira dormir e não possa. O sono é esquecimento: o drama da vida, suas complicações e obsessões se desfazem completamente, e cada despertar é um novo começo, uma nova esperança. Assim a vida mantém uma agradável descontinuidade, a ilusão de uma permanente regeneração. A insônia, por sua vez, da à luz um sentimento de tristeza irrevogável, de desespero e agonia. O homem saudável – o animal – apenas chapinha na insônia: ele nada sabe sobre esses que dariam um reino por uma hora de sono inconsciente, esses que se horrorizam tanto diante de uma cama quanto diante de uma mesa de tortura. Há um vínculo estreito entre a insônia e o desespero. A perda da esperança vem com a perda do sono. A diferença entre o paraíso e o inferno: pode-se sempre dormir no paraíso, mas nunca no inferno. Deus puniu o homem tirando-lhe o sono e dando-lhe o conhecimento. Não é a privação do sono uma das torturas mais cruéis praticadas nas prisões? Os loucos sofrem enormemente com a insônia, daí as suas depressões, o seu desgosto com a vida, e os seus impulsos suicidas. Não é a sensação –típica das alucinações acordadas – de mergulhar num abismo uma forma de loucura? Os que cometem suicídio atirando-se de pontes para dentro dos rios ou de edifícios sobre os calçamentos, motiva-os por certo um desejo cego de cair e a atração ofuscante das profundezas abismais.

Minha alma é caos, como pode então ser? Tudo está em mim: procura e encontrarás. Sou um fóssil que data do princípio do mundo: nem todos os seus elementos cristalizaram completamente, o caos inicial ainda transparece. Sou a absoluta contradição, o clímax das antinomias, o último limite das tensões; em mim tudo é possível, pois sou aquele que no momento supremo, diante do nada absoluto, gargalhará."


(On the heights of despair – Tradução de Renato Suttana)

~

~

Então...
Sou eu!
Minha insônia, meu inferno, meu passado e meu caos...
Hm...
Talvez seja você!
;)
Se não for, sorte a sua, baby!!!



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segunda-feira, maio 14

O Ego e a Cruz

A peça “O Vampiro Cioran” está sendo um sucesso, embora - como sempre, o público curitibano resista um pouco a sair de casa em dias tão frios quanto os recentes. Um teatro tão grande quanto o Regina Vogue tende a parecer vazio, mesmo quando há um número razoável de pessoas na platéia.

O que me frustra um pouco é que não tenho visto o público gótico aparecer entre os espectadores. Não sei se faltou uma divulgação específica, ou se esse público não é de freqüentar teatro... Espero conseguir trazê-los para assistir à peça em breve, pois os lindos textos de Cioran são inspiradores, especialmente para quem aprecia a filosofia existencialista. É claro que “ser vampiro” é apenas uma metáfora, muito embora nós mordamos pescoços na peça. A estética do trabalho é impressionante. Acredito ser este um dos melhores trabalhos do autor e diretor César Almeida.

Só me resta torcer para que esse trabalho não passe em branco perante seu melhor público alvo. Se o público certo não aparecer, temo pelo rumo da peça, que deve acabar ganhando um “apelo kitsh” antes do final da temporada. E não vou fazer nada quanto a isto, pois já me considero um pouco desgastada ao tentar defender um trabalho que nem sequer é meu, um trabalho do qual sou apenas uma pequena peça.

Infelizmente há, no meio teatral, uma grande falha de comunicação entre os artistas por falta de clareza, honestidade, e excesso de vaidade, além da insuportável falta de humildade de alguns que, sem a menor noção de sua pequeneza, nutrem uma auto-imagem megalomaníaca, que se alimenta de migalhas em forma de aplausos por gracinhas mal improvisadas.

Mas.... repito.... quem sou eu?
Uma mera atriz, tentando defender seu ponto de vista. Uma artista dançando no escuro, e gritando no vácuo. Não sou filha de ninguém, amiga de ninguém, não ganhei nenhum “prêmio”, e nem trabalho para isso.

É complicado pra mim receber uma proposta de trabalho, ponderar sobre aceitá-la ou não, ter uma impressão sobre o resultado, e, então, me entregar ao processo. Um processo onde me desnudo, onde cresço, onde deixo meu próprio ego e minha cruz de lado, para poder ser algo maior, algo com uma mensagem. E, então, de repente, ver o trabalho ser desacreditado por alguém do elenco, que manipula a situação a favor de sua própria vaidade, sem ao menos ter a disciplina necessária ao bom resultado final dos esforços de todos, e sem saber ouvir opiniões que vão de encontro à sua...

Mesmo assim, confesso: estou adorando este trabalho.
Adoro ser a “Vênus Botticelli”.
Adoro ser a “Vampira Cioran”.
Nunca antes senti tanto prazer ao fazer uma peça de teatro. Deveras.
E nada vai estragar isso.





~


P.S.: O anjo ainda deve ficar aprisionado por algumas semanas.
C’est la vie.
Só me resta rezar pelo melhor.
E aguardar. Aguardar, aguardar...





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quinta-feira, maio 10

Anjos e Vampiros

Hello, everybody!

A estréia ontem foi um sucesso. Graças a Deus. Apesar do frio intenso que fazia em Curitiba, quando eu tinha que ficar seminua na coxia esperando para entrar em cena, apesar das preocupações que me cercavam, apesar de tudo, deu tudo certo.
Agradeço aos que estavam em Curitiba e vieram. Estava muuuuito frio ontem, era uma daquelas noites em que a gente prefere ficar em casa, debaixo das cobertas. Por isso fico contente de ver tanta gente na estréia.

Aqui está a foto de uma das cenas. É uma cena onde a minha personagem, a Vampira Virgínia Cioran é entrevistada. Uma cena (provavelmente) inspirada em "Entrevista com o Vampiro".

A estética da peça foi muito elogiada pelas pessoas que assistiram. O clima todo era sexy e irreverente, a trilha sonora (que eu amei) estava caprichada. Começava com Bauhaus e terminava com Yoko Ono.
Sim, Yoko, a vampira!! =)
Uma canção lindíssima, chamada "ToyBoat". Se puderem, ouçam. Vocês vão (sim!!!) amar Yoko Ono!






[Sobre aquele outro assunto...]


Ainda estou apreensiva sobre meu anjo aprisionado.
Não sei se ele recebeu meu recado, pelo outro anjo...
Mas confio em Deus, que tudo acabará bem.

That's all (for now), folks.

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quarta-feira, maio 9

O Anjo e a Virgem

É, Lúcifer...
Eu bem pressenti que você estava aprontando alguma...
A tempestade chegou!

Estou tão desconcentrada, para tocar piano, para falar meu texto na peça, para achar as chaves do carro, da casa, da alma...

Um anjo me contou que Lúcifer seqüestrou uma pessoa que eu adoro, e o colocou numa jaula, onde ele está sendo sedado, vigiado, e domesticado... Detesto isso. Detesto ver o meu reflexo, da pessoa que eu fui há algum tempo, em alguém de quem gosto assim... Detesto ver como a falta de diálogo em uma família leva a soluções precárias como essa. Apelativas. E o que aconteceu comigo se repete... Em alguém que me era estranho até outro dia, e que me cativou, e que agora, de repente, me é tirado assim... Que saco!!!!!!

Expirem-se as relações familiares onde não há diálogo, entendimento. Onde a agressividade que esconde a fragilidade é interpretada como um mal a ser curado pelas vias mais opressoras! Abaixo a isso!

Mas, quem sou eu?

Ninguém. Não tenho nada com isso, e não tenho direitos. Mas me reservo o direito de sentir. Mesmo sem saber. Mesmo sem nada. Sinto e vou sentir. Até que ele volte. Se é que vai voltar...

Sorte pra ti, meu anjo!

~~~



...




Essa sou eu, no quadro de Botticelli. [É o papel que faço na peça. A Virgem de Botticeli, que virou Vampira ;)]

Estréia hoje. E que Deus me ajude a me concentrar!

...

~~~

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sexta-feira, maio 4

La Chance Q'Un Mangè

Well, well, Lucifer... Está tudo tão calmo que quase estranho... Mas você não me engana, papi. É o silêncio que precede a tempestade!
Muito bem, estou pronta pra me encharcar.
E com os pés bem firmes no chão para não escorregar!

Daqui a alguns dias, estarei nua outra vez, em cima de um palco, pensando em como abraçar Lúcifer pela última vez... Pelo menos até a próxima vez.

Tive um breve pensamento esta manhã, sobre desavenças corriqueiras do mundo artístico. Foi algo como "isso me faz lembrar porquê a cada trabalho eu desisto de fazer teatro outra vez"...

Irônico. Porque, durante o ensaio, pensei que talvez haja uma outra coisa que me faz dar uma chance para o próximo trabalho, e essa pequena coisa até pode valer a pena!

Enfim... Pensamentos ainda esboçados. Só pensamentos. Quanto menos se pensa, menos se sofre.
A vida é não pensar. Não amar.





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quinta-feira, maio 3

Teatro dos Vampiros

Mais uma contagem regressiva...

A peça sobre vampiros que estou ensaiando estréia na próxima quarta-feira.
Se você está em Curitiba, venha me ver!
A entrada é franca somente na estréia.

Link para visualizar o cartaz aqui.








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terça-feira, maio 1

La Muerte (parte 3)

Obssessed by death? You're not alone, kid!




Se você ainda não conhece (porque existe há anos), o jogo da Helena é ótimo para entreter suas noites insones e tediosas.

Clique aqui, e...

Don't Stay Dead!

Clique no START, a Helena (você) estará no centro, perto do caixão.
Você precisa ir até as caveiras de terno (nos quatro cantos da tela), sem tocar as fantasminhas. Eles levarão você até o caixão.
As outras fases são fáceis.


"Nos encontraremos de novo quando nossos carros colidirem.
Qual é a pior coisa que eu posso dizer?
As coisas estarão melhores se eu ficar.
Até mais,
e Boa Noite."



So long and Good Night.




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