segunda-feira, julho 2

Machismo é o Ó

Hoje tive que encarar uma conversa machista.

Sabem o que é ainda pior do que isso?
É tentar aprofundar um pouco o assunto, conversar como adulto com alguém que acabou de dizer algo de que você discorda, e ser tratada com preguiça. Como alguém tão chata, que você deve apenas concordar com ela, e dizer 'sim, meu bem', para que ela fique feliz and shut up.

Foi uma conversa machista que já ouvi algumas vezes.
Sobre mulheres que apoiam seus companheiros, que fazem sacrifícios por eles, que lutam ao lado deles, e deixam de lado seus próprios projetos, adiam seus sonhos (às vezes permanentemente) para vê-los conquistarem alguma coisa. Sobre como essas mulheres muitas vezes são vistas como manipuladoras de seus companheiros, e como isso é uma visão distorcida, de pessoas que não conseguem enxergar em uma mulher forte algo de positivo. É muito mais fácil para um machista acreditar que uma mulher deve ser neutra, e ter uma personalidade pequena. Porque se ela for forte e tiver brilho, ela ofusca seu companheiro, que pode ser visto como um boneco nas mãos dela.

Harriet Rubin escreveu um livro chamado "A Princesa - Maquiavel para Mulheres", e ela citou uma frase mais ou menos assim:

"O que um homem só faria por um deus, uma mulher sempre faz a um homem."

Acho que vou reler esse livro.
Antes disso, re-elencar meus deuses.
Nem todos estão merecendo os respectivos altares.
And, of course, guiar meu barco na direção certa, que é a direção dos meus próprios sonhos, e de ninguém mais. Antes que eu cometa os mesmos erros que minha mãe e tantas outras mulheres.
Antes que o tempo tenha passado por completo, e seja tarde para mudar de planos.







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